Conférence
Notice
Lieu de réalisation
Campus Mirail, Université Toulouse - Jean Jaurès
Langues :
Portugais, Français
Crédits
Nathalie Michaud (Réalisation), Université Toulouse - Jean Jaurès (Production), Le Vidéographe - Maison de l'image et du Numérique (Publication), Magda Scherer (Intervention)
DOI : 10.60527/0hjg-wn77
Citer cette ressource :
Magda Scherer. UT2J. (2023, 2 juin). Mapa ergodialógico : dispositivo para análise das práticas discursivas , in Changer le travail dans le monde d’aujourd’hui : Quelles approches, quelles pratiques ?. [Vidéo]. Canal-U. https://doi.org/10.60527/0hjg-wn77. (Consultée le 12 novembre 2024)

Mapa ergodialógico : dispositivo para análise das práticas discursivas

Réalisation : 2 juin 2023 - Mise en ligne : 6 septembre 2024
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Descriptif

Mapa ergodialógico : dispositivo para análise das práticas discursivas (Poster)

Mary Anne Fontenele Martins, Magda Scherer ; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Universidade de Brasília (UnB), Distrito Federal - Brasil

A abordagem ergológica orienta conhecer o trabalho a partir das experiências e do ponto de vista da pessoa que trabalha, considerado o lugar de debates e arbitragens que envolvem aspectos subjetivos e psicossociais revelados na linguagem em ação. A linguagem é naturalmente polissêmica, o que permite às pessoas transitar por inúmeros contextos e vivenciar diferentes situações, logo, as práticas discursivas são a linguagem em ação. Esta comunicação tem por objetivo apresentar o “mapa ergodialógico”, um dispositivo analítico para o estudo do trabalho e linguagem, ancorado no dispositivo dinâmico de três polos (DD3P) da ergologia e nos mapas de associação de ideias ou dialógicos de Mary Jane Spink. Busca-se conhecer a atividade de trabalho a partir da dialogia dos processos sociais implícitas nas práticas discursivas. O mapa dialógico é uma ferramenta gráfica que fornece subsídios à interpretação e análise dos dados em busca dos sentidos/significados. O prefixo “ergo”, palavra grega que significa “ação, trabalho, obra”, e os conceitos ergológicos foram usados na ressignificação dos mapas, que foram transformados em diagramas e chamados de mapas ergodialógicos. Estes são resultado da mistura entre a ergologia e as práticas discursivas, utilizados como estratégia para reestabelecer as relações dialógicas entre os saberes investidos e constituídos e as experiências relatadas pelos profissionais, bem como compreender os elementos que orientam suas escolhas e as perspectivas de transformação do trabalho. Tais mapas servem para projetar a representação do encontro de debates de normas e renormalizações na atividade de trabalho, sendo uma ferramenta para análise de dados. O mapa ergodialógico facilitou a compreensão do trabalho dos profissionais que fazem a fiscalização de medicamentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil. Para organização, tratamento e análise dos dados de entrevistas e de grupos, utilizamos o Atlas.ti, v.9.1®, um software de análise dos dados qualitativos. Realizamos a codificação do material coletado e a relação entre o empírico e o teórico, criando códigos e categorias. Para elaboração dos mapas ergodialógicos, fizemos a releitura do dispositivo triangular de Louis Durrive: saberes - agir – valores – com algumas definições preestabelecidas para codificação das práticas discursivas e categorização dos elementos constituintes do mapa. Em seguida, construímos os mapas em forma de diagramas e, para cada polo do dispositivo triangular atribuímos cores - azul (saberes); verde (agir) e vermelho (valores) e legenda – PI, PII e PIII, respectivamente para os polos, sendo organizados em sequência das práticas discursivas na representação gráfica. De maneira intencional, buscamos entrelaçar as práticas discursivas ao dispositivo, ordená-las pela temática abordada e buscamos reconstruir os debates sobre a situação de trabalho e suas renormalizações. Assim, os mapas possibilitaram a visualização do jogo de posicionamentos entre os participantes ; as interações, os debates de normas e renormalizações na atividade de trabalho ; a dialogia nas situações analisadas e os valores que circulam no dizer e no fazer da fiscalização sanitária.

Carte ergodialogique : dispositif d'analyse des pratiques discursives

L'approche ergologique permet de connaître le travail à partir des expériences et du point de vue de la personne qui travaille, considérée comme le lieu de débats et d'arbitrages impliquant des aspects subjectifs et psychosociaux révélés dans le langage en action. Le langage est naturellement polysémique, ce qui permet aux personnes de se déplacer dans d'innombrables contextes et d'expérimenter différentes situations ; par conséquent, les pratiques discursives sont du langage en action. Cet article vise à présenter la "carte ergodialogique", un dispositif analytique pour l'étude du travail et du langage, ancré dans le dispositif dynamique à trois pôles (DD3P) de l'ergologie et dans l'association d'idées ou les cartes dialogiques de Mary Jane Spink. L'objectif est de comprendre l'activité de travail à partir de la dialogique des processus sociaux implicites dans les pratiques discursives. La carte dialogique est un outil graphique qui fournit des subventions pour l'interprétation et l'analyse des données à la recherche de sens/significations. Le préfixe "ergo", mot grec qui signifie "action, travail, travail", et les concepts ergologiques ont été utilisés dans la re-signification des cartes, qui ont été transformées en diagrammes et appelées cartes ergodialogiques. Celles-ci sont le résultat du mélange entre l'ergologie et les pratiques discursives, utilisées comme stratégie pour rétablir les relations dialogiques entre les connaissances investies et constituées et les expériences rapportées par les professionnels, ainsi que pour comprendre les éléments qui guident leurs choix et les perspectives de transformation du travail. Ces cartes servent à projeter la représentation de la rencontre des débats sur les normes et les renormalisations dans l'activité de travail, en tant qu'outil d'analyse des données. La carte ergodialogique a facilité la compréhension du travail des professionnels qui effectuent la supervision des médicaments au sein de l'Agence nationale de surveillance de la santé au Brésil. Pour l'organisation, le traitement et l'analyse des données issues des entretiens et des groupes, nous avons utilisé Atlas. Ti, v.9.1®, un logiciel d'analyse de données qualitatives. Nous avons procédé au codage du matériel recueilli et de la relation entre l'empirique et le théorique, en créant des codes et des catégories. Pour élaborer les cartes ergodialogiques, nous avons relu le dispositif triangulaire de Louis Durrive : savoir - acte - valeurs - avec quelques définitions préétablies pour la codification des pratiques discursives et la catégorisation des éléments constitutifs de la carte. Ensuite, nous avons construit les cartes sous forme de diagrammes et, pour chaque pôle du dispositif triangulaire, nous avons attribué des couleurs - bleu (connaissance) ; vert (acte) et rouge (valeurs) et des légendes - PI, PII et PIII, respectivement pour les pôles, étant organisés en séquence de pratiques discursives dans la représentation graphique. De manière intentionnelle, nous avons cherché à imbriquer les pratiques discursives au dispositif, à les ordonner par le thème abordé et à chercher à reconstruire les débats sur la situation de travail et ses renormalisations. Ainsi, les cartes ont permis de visualiser le jeu des positions entre les participants ; les interactions, les débats sur les normes et les renormalisations dans l'activité de travail ; le dialogue dans les situations analysées et les valeurs qui circulent dans le dire et le faire de la veille sanitaire.

Intervention

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