Conférence
Notice
Lieu de réalisation
Campus Mirail, Université Toulouse - Jean Jaurès
Langue :
Français
Crédits
Nathalie Michaud (Réalisation), Université Toulouse - Jean Jaurès (Production), Le Vidéographe - Maison de l'image et du Numérique (Publication), Catherine Levrat-Pinatel (Intervention), Alain Alphon-Layre (Intervention)
DOI : 10.60527/pd0v-sd70
Citer cette ressource :
Catherine Levrat-Pinatel, Alain Alphon-Layre. UT2J. (2023, 1 juin). Changer le travail par une articulation des espaces de dialogue , in Changer le travail dans le monde d’aujourd’hui : Quelles approches, quelles pratiques ?. [Vidéo]. Canal-U. https://doi.org/10.60527/pd0v-sd70. (Consultée le 25 avril 2025)

Changer le travail par une articulation des espaces de dialogue

Réalisation : 1 juin 2023 - Mise en ligne : 6 septembre 2024
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Descriptif

Changer le travail par une articulation des espaces de dialogue

Catherine Levrat-Pinatel, chargée de mission ARACT-Occitanie, Alain Alphon-Layre, syndicaliste CGT-France

Cette communication s’inscrit dans le champ de l’ergonomie constructive. Elle vise à présenter, illustrer et discuter de l’intérêt mais aussi des difficultés d’une démarche de recherche intervention fondée sur le débat constructif pour concevoir des systèmes de travail capacitants, c'est-à-dire qui contribuent conjointement au développement des possibilités d’agir des individus, des collectifs et des organisations, en plaçant l’activité de travail et la diversité qu’elle recouvre au centre des discussions et des décisions. En ergonomie, la diversité correspond aux différentes manières d’agir entre les personnes. Elle renvoie au fait qu’il ne peut y avoir une seule « bonne » manière d’agir dans une situation donnée, mais une diversité de possibles, non seulement du fait de la variabilité et de la complexité des situations, mais aussi parce que l’activité est sensible à l’expérience singulière des personnes, leurs compétences et leurs valeurs. La diversité met ainsi en évidence les capacités d’initiative et d’innovation mises en oeuvre par les personnes au travail. Elle peut également être considérée comme une véritable ressource pour l’action et les organisations à condition de la cultiver, c’est-à-dire d’une part de la faire connaître et reconnaître pour la préserver, et d’autre part de favoriser son expression au sein d’espaces collectifs afin qu’elle contribue au développement des possibilités d’agir et des organisations. C’est ce que nous essayons de faire au travers du débat constructif, qui est à la fois un moyen et un objectif de notre pratique de recherche. Le débat peut être qualifié de constructif lorsqu’il y a confrontation entre des conceptions différentes d’un même objet en vue d’aboutir à une solution intégrant la diversité des points de vue. Le débat constructif est un moyen au sens où il participe d’une démarche conscientisante, qui consiste à « mettre en oeuvre les conditions susceptibles de permettre aux personnes concernées d’accéder à une conscience globale de l’ensemble des éléments, personnels et structurels, qui contribuent ou ont contribué à leurs difficultés » (Vallerie & Le Bossé, 2006), et ainsi d’ouvrir le spectre des opportunités d’action (Le Bossé, 2016) .Le débat constructif est également un objectif qui implique de créer les conditions pour concevoir des organisations capacitantes, qui soutiennent la diversité des formes de réalisation de l’activité, préservent les espaces existants de mise en débat de cette diversité, intègrent la mise en débat des activités dans son fonctionnement quotidien comme une activité nécessaire à la durabilité des organisations.Le débat constructif s’inscrit ainsi dans une démarche centrée sur le développement du pouvoir d’agir tel que le définit Le Bossé, à savoir un processus par lequel des personnes accèdent ensemble ou séparément à une plus grande possibilité d'agir de manière efficiente sur ce qui est important pour elles-mêmes, leurs proches ou la collectivité à laquelle elles s'identifient (Le Bossé, 2012). Mais ceci suppose un certain nombre de conditions qui seront discutées de manière à ce que le débat puisse être effectivement constructif.

Mudança de trabalho através da articulação de espaços de diálogo

Este documento faz parte do campo da ergonomia construtiva. Visa apresentar, ilustrar e discutir o interesse mas também as dificuldades de uma abordagem de investigação de intervenção baseada no debate construtivo, a fim de conceber sistemas de trabalho potenciadores, ou seja, aqueles que contribuem conjuntamente para o desenvolvimento das possibilidades de acção dos indivíduos, grupos e organizações, colocando a actividade de trabalho e a diversidade que ela abrange no centro das discussões e decisões. Na ergonomia, a diversidade corresponde às diferentes formas de actuação entre as pessoas. Refere-se ao facto de não poder haver uma única forma "certa" de agir numa dada situação, mas sim uma diversidade de possibilidades, não só devido à variabilidade e complexidade das situações, mas também porque a actividade é sensível à experiência singular das pessoas, às suas capacidades e aos seus valores. A diversidade destaca assim as capacidades de iniciativa e inovação implementadas pelas pessoas no trabalho. Pode também ser considerada como um verdadeiro recurso para a acção e organizações, desde que seja cultivada, ou seja, por um lado para a tornar conhecida e reconhecida a fim de a preservar, e por outro lado para encorajar a sua expressão dentro de espaços colectivos de modo a contribuir para o desenvolvimento de possibilidades de acção e organizações. É isto que estamos a tentar fazer através de um debate construtivo, que é simultaneamente um meio e um objectivo da nossa prática de investigação. O debate pode ser descrito como construtivo quando existe um confronto entre diferentes concepções de um mesmo objecto, a fim de se chegar a uma solução que integre a diversidade de pontos de vista. O debate construtivo é um meio no sentido de que faz parte de um processo de sensibilização, que consiste em "implementar as condições susceptíveis de permitir às pessoas em causa alcançar uma consciência global de todos os elementos, tanto pessoais como estruturais, que contribuem ou contribuíram para as suas dificuldades" (Vallerie & Le Bossé, 2006), e assim abrir o espectro de oportunidades de acção (Le Bossé, 2016). O debate construtivo é também um objectivo que implica a criação de condições para a concepção de organizações capacitadoras, que apoiem a diversidade de formas de realizar actividades, preservem os espaços existentes para debater esta diversidade, e integrem o debate de actividades no seu funcionamento diário como uma actividade necessária para a sustentabilidade das organizações. O debate construtivo faz assim parte de uma abordagem centrada no desenvolvimento do poder de acção definido por Le Bossé, ou seja, um processo pelo qual as pessoas, juntas ou separadamente, ganham uma maior possibilidade de agir eficazmente sobre o que é importante para si próprias, para os seus entes queridos ou para a comunidade com a qual se identificam (Le Bossé, 2012). Mas isto pressupõe uma série de condições que serão discutidas para que o debate possa ser efectivamente construtivo.

 

Intervention

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